As Confrarias Báquicas e as “Enomemórias” na promoção do Turismo

Autores

  • Gonçalo Nuno Marques

DOI:

https://doi.org/10.25145/j.pasos.2017.15.046

Palavras-chave:

Vinho, Turismo

Resumo

A presente investigação desenvolve?se em duas partes distintas: uma primeira que, revisitando alguns dos principais estudos existentes sobre a importância cultural das confrarias e a sua ligação ao turismo gastronómico e báquico, procura sistematizar considerações teóricas globais que sustentem uma revisão bibliográfica enquadrante da problemática das confrarias báquicas como promotoras do Enoturismo; em segundo lugar, é apresentada a dimensão empírica do estudo que procura (re)conhecer, de forma próxima, a realidade portuguesa, tendo em conta as várias Confrarias Báquicas que, a nível de cada região vitivinícola, se vão estruturando e dinamizando. É depois desenvolvido o caso de estudo (pedra de toque da investigação científica em Turismo e Desenvolvimento, de acordo com as propostas de Ritchie et al, 2005 e Jafari, 2007) que se situa em torno da dimensão cultural e enoturística da Confraria do Vinho Verde como parceiro importante na promoção da imagem da Região Demarcada do Vinho Verde, seu Parimónio Cultural e Turismo. Será desenvolvida uma análise que reúne contributos da observação directa, da investigação?acção de natureza participante e da investigação etnográfica (resultantes, em grande medida, de cerca de uma década de pertença à Confraria e, desde 2013, de desempenho de funções no quadro dos órgãos sociais) e que terá na Confraria do Vinho Verde o grande enfoque analítico do estudo de caso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gonçalo Nuno Marques

Professor Auxiliar do ISMAI. Docente do Curso de Turismo (Licenciatura e Mestrado). Investigador Principal do CEDTUR

Referências

Almeida, Miguel Vale de 1995. Senhores de Si: uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de Século edições

Araújo, Henrique Gomes de 1995. Dar, receber e retribuir – um rito de entronização na história recente da Confraria do Vinho do Porto. In Sociologia – Problemas e Práticas, nº 18, pp. 159-169.

Bourdieu, Pierre 1994. O Poder Simbólico. Lisboa: Difel.

Coppello, Marcelo 2008. Sabores do Douro e do Minho: Histórias, Receitas e Vinhos. São Paulo: Editora Senac.

Cunha, Licínio 2007. Introdução ao Turismo. Lisboa: Lidel.

Dias, Geraldo J. A. C 1998. As Confrarias Báquicas: sua natureza e função associativa. In Douro: Estudos e Documentos, vol. III (6), 2º. Porto: GEHVID, pp. 17-24. [também disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ ficheiros/9436.pdf].

Duby, Georges 1994. As três ordens ou o imaginário do Feudalismo. 2ª Edição. Lisboa: Estampa.

Getz, Donald 2000. Explore Wine Tourism: Managment, Development and Destinations. New York: Cognizant Communication.

Ghira, João Carvalho 2011. Origem e evolução das Confrarias: Destaque para o papel das Confrarias Báquicas no enaltecimento e valorização do vinho. In Alocução proferida pelo Grão Mestre da Colegiada dos Enófilos de São Vicente, na II Festa da Vinha e do Vinho dos Biscoitos - Ilha Terceira – Açores. Publicada, originalmente, em edição da Revista de Vinhos (1993) e disponível em http://bagosdeuva.blogspot. pt/2011/01/origem-e-evolucao-das-confrarias. html (consultado em 4 de Abril de 2016).

Godinho, Vitorino de Magalhães 1971. A estrutura da antiga sociedade portuguesa. Lisboa: Arcádia.

Hall, Michael; Sharples, Liz; Cambourne, Brock & Macionis, Nick 2002. Wine tourism around the world: development, management and markets. New York: Routledge

Hipólito-Reis, C. 2008. Vinho, Gastronomia e Saúde. Porto: Edições da Universidade do Porto

Jafari, Jafar, ed 2000. Encyclopedia of Tourism. London: Routledge.

Jafari, Jafar 2007. Entry into a new field of study: Leaving a foot print. In D. NASH (ed.), The study of tourism: Anthropological and sociological beginnings (pp. 108-121). Amsterdam: Elsevier.

Johnson, Hugh 2007. História Universal do Vinho. Lisboa: Litexa

Laghans, Franz Paul de Almeida 1948. A Casa dos Vinte e quatro de Lisboa, subsídios para a sua história. Lisboa: Imprensa Nacional.

Magalhães, Dulce 2001. Consumos e sociabilidades na taberna: estudo preliminar de um caso. In Sociologia: Revista da Faculdade de Letras. Porto: FLUP, I Série, vol. 11, pp. 107-119.

Magalhães, Dulce 2010 Vinhos – arte e manhas em consumos sociais: a apreensão de uma prática sociocultural em contexto de mudança. Porto: Edições Afrontamento.

Marques, Gonçalo 2016. Dinâmicas patrimoniais e enoturísticas no Entre Douro e Minho: responsabilidade social e participação comunitária. In Governança e Turismo (coord. Agustin Santana Talavera, Eduardo Gonçalves e Xerardo Pereiro Perez), Cadernos de Turismo nº 3. Maia: ISMAI, pp. 289-308.

Marques, José 2009. Saberes e Patrimónios do Vinho para a sustentabilidade do enoturismo e turismo em espaço rural. In Enoturismo e Turismo em Espaço Rural. Maia: ISMAI, pp. 341-350.

Martinho, Nuno 1993. O Nascer das Confrarias. In Revista de Vinhos”, nº 42, p. 50.

Mauss, Marcel 2013. Sociologie et Anthropologie. Paris: Presses Universitaires de France (13eme édition).

Mota, António Santos 2003. Confrarias Báquicas Portuguesas: Breve História do seu movimento associativo. Lisboa: Litexa.

Pais, José Machado 2006. Nos Rastos da Solidão: deambulações sociológicas. Porto: Ambar.

Pintão, Manuel e Cabral, Carlos 2012. Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto. Porto: Porto Editora.

Turismo de Portugal, Instituto Público (2006). Gastronomia e Vinhos: Produto Estratégico para o Desenvolvimento Turístico em Portugal. Lisboa: T.P – I.P

UNWTO 2012. Global report on food tourism. Madrid: United Nations World Tourism Organization. [URL: http:// dtxtq4w60xqpw.cloudfront.net/sites/all/files/pdf/global_report_on_food_tourism.pdf].

Ritchie, B. W; Burns, P. & Palmer, C, ed. 2005. Tourism Research Methods – integrating theory with practice. Oxfordshire: Cabi Publishing.

Sá, Isabel dos Guimarães 1996. As Confrarias e as Misericórdias. In OLIVEIRA, César, (dir). História dos municípios e do poder local : dos finais da idade média à União Europeia. Lisboa : Círculo de Leitores.

Sampaio, Francisco 1991. O Produto Turístico do Alto Minho. Viana do Castelo: Região de Turismo do Alto Minho.

Sampaio, Francisco 2007. A Gastronomia do Eixo Atlântico. Vigo: Nigratrea.

Santos, Figueiredo 2002. Turismo – Mosaico de Sonhos: incursões sociológicas pela cultura turística. Lisboa: Colibri.

Smith, Melanie e Richards Greg, eds 2013. The Routledge Handbook of Cultural Tourism. New York: Routledge.

Talavera, Agustin Santana 1997. Antropologia y Turismo: Nuevas Hordas, Viejas Culturas? Barcelona: Ariel.

Talavera, Agustin Santana; Darias, Alberto e Rodriguez, Pablo (coords). 2012. Responsabilidad y Turismo. El Sauzal (Tenerife): Colecion Pasos Edita, nº 10.

Xiao, Honggen 2006. Case studies in tourism research: A state-of-the-art analysis. In Tourism Management, Volume 27, Issue 5. London: Elsevier, pp. 738–749.

Downloads

Publicado

2017-06-25

Como Citar

Marques, G. N. (2017). As Confrarias Báquicas e as “Enomemórias” na promoção do Turismo. PASOS Revista De Turismo Y Patrimonio Cultural, 15(3), 687–712. https://doi.org/10.25145/j.pasos.2017.15.046

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.