Antropologia do turismo. Estratégias de investigação e contextos etnográficos.

Resumo

Na minha opinião, há muitas maneiras de ler um livro; ou porque o leque de literatura disponível é quase infinitamente amplo (não é o mesmo ler um romance como um guia de ensino ou uma antologia de poesia), ou talvez porque os nossos humores são influenciados pelas motivações (ou obrigações) que nos levam a escolher este ou aquele livro, pelo tempo disponível para mergulhar no prazer mágico da leitura, ou mesmo pelas recomendações e/ou críticas a que tivemos acesso antes de começarmos a viajar para além das palavras. De uma forma ou de outra, o que é certo, e de que somos todos aqueles que adoramos ler, é que este passatempo, este estilo de vida ou se preferir este passatempo milenar, cria dependência. Isso é o mau, é viciante, e quando começas a ler, esqueces-te disso até o mundo mudar, e não podes parar até o livro estar terminado, e livras-te de uma das tuas responsabilidades, e as histórias da tua vida pessoal misturam-se com as da ficção, e os problemas desaparecem quando o romance vale a pena, e é por isso que a imaginação pessoal cresce com cada épico, e a vida diária ingrata e inoportuna, que interrompe quando tens pressa em ler.