Agroturismo, turismo sustentável e regiões ultraperiféricas: o caso das Ilhas Canárias

Resumo

As regiões ultraperiféricas partilham certas características comuns, como o seu afastamento dos grandes centros fornecedores, a sua escassez de recursos, o seu estatuto insular ou localização isolada e a consequente fragmentação dos mercados. Ao longo das últimas décadas, tem havido uma crescente sensibilização para o impacto da ultraperificidade no desenvolvimento de várias regiões e ilhas. O conceito de “ultraperificidade” inclui circunstâncias geográficas específicas que influenciam o desenvolvimento e especialização de economias, competitividade e estratos empresariais. O agroturismo desempenha um papel cada vez mais importante na diversificação dos sectores agrícola, agrícola e turístico para as regiões ultraperiféricas. Por conseguinte, deve ser prestada especial atenção ao desenvolvimento económico das zonas rurais nas zonas ultraperiféricas e à reavaliação da agricultura, que está estreitamente ligada ao turismo. O agroturismo é essencial para diversificar, transformar e melhorar a competitividade e a qualidade das explorações agrícolas. Este artigo analisa o impacto do agroturismo como uma alternativa ao turismo do sol e da areia, resultando no crescimento da renda familiar, no desenvolvimento rural e, em suma, em novas abordagens para a indústria do turismo.   Um outro objetivo do artigo é desenvolver uma análise estratégica do agroturismo, estudando tanto a oferta quanto a demanda nas Ilhas Canárias.