Mediação Cultural à Contrapelo: a ação da Comunidade Cultural Quilombaque no campo do Patrimônio Cultural
DOI:
https://doi.org/10.25145/j.pasos.2024.22.024Palavras-chave:
Patrimônio Cultural, Comunidade Cultural Quilombaque, Turismo Comunitário, Ação Pública, TrilhasResumo
O artigo apresenta uma interpretação das ações de valorização de patrimônios culturais mobilizadas pelo coletivo político-cultural Comunidade Cultural Quilombaque. Atuante no bairro de Perus, zona noroeste do Município de São Paulo, desde 2005, a Quilombaque se mostra um polo aglutinador de diversas manifestações artísticas e políticas e de outros grupos do território. No campo do Patrimônio Cultural, a partir da consolidação do Museu Territorial Tekoa Jopo’i e da Agência Queixadas, elaboraram um percurso de trilhas que perpassam os patrimônios das gentes do bairro. Em relação especificamente à sua atuação no campo da Memória, coloca-se que o Museu e o território se confundem, pois transformam em museu o próprio território, enquanto que o turismo da Agência é feito sob o signo da resistência. A mediação simbólica promovida pelos educadores do Museu faz emergir narrativas de luta eclipsadas pelas políticas oficiais de patrimônio cultural.
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