Contos do Sul assombrado
DOI:
https://doi.org/10.25145/j.pasos.2018.16.019Palavras-chave:
consumo, turistico oscuro, thana capitalismoResumo
Em estudos anteriores, alertámos para as mudanças no estilo de vida rumo a uma nova sociedade. A sociedade de risco tal como foi imaginada pelos sociólogos pós-modernos marca o ritmo para uma nova etapa de produção e capitalismo, onde a morte é mercantilizada para revitalizar as frustrações psicológicas que diariamente acontecem nos locais de trabalho. A morte dos outros age como um catalisador, dando a um público global um sentimento de felicidade, que é estruturado em rituais realizados. Esta tendência, que não se limita à indústria do turismo, pode ser observada no jornalismo, imprensa, entretenimento cultural e assim por diante. Num mundo darwinista onde só sobrevive o super-herói mais forte, a morte é concebida como um sinal de fraqueza. Isto sugere que o Thana-capitalismo repousa sobre dois pilares principais, a necessidade de ser especial e a propensão a ser protegido. O capitalismo estrutura-se através da articulação de um clima de exploração extensiva onde poucos monopolizam a riqueza produzida, enquanto o resto vive sem nada. Na época, esta exploração desordenada expande os corpos desperdiçados, devendo ser lançada como um espetáculo para reforçar a dependência centro-periferia.
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Referências
Korstanje M. 2016 The Rise of Thana Capitalism and Tourism. Abingdon, Routledge.
Tzanelli R. 2016 Thanatourism and Cinematic representation of risk. Abingdon, Routledge.
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