Imaginários turísticos no Estado Novo português

Autores

  • Cândida Cadavez

DOI:

https://doi.org/10.25145/j.pasos.2015.13.073

Palavras-chave:

Turismo, Estado Novo, Autenticidade

Resumo

Em 1940, António Ferro disse a um grupo de profissionais de turismo, que visitavam o Gabinete Oficial de Propaganda, que Portugal era uma exposição impressionante do turismo nacional. Como tal, quem estivesse disposto a construir o país ideal para o turismo só teria de preparar um "diorama pitoresco de Portugal" (Ferro, 1948: 36). Estas declarações recordam as várias iniciativas desenvolvidas pela Ferro, a principal responsável pela arquitectura e pela divulgação da imagem de Portugal, também como destino turístico, entre 1933 e 1949. Este artigo pretende mostrar como as estratégias de representação de Portugal durante a implementação do regime político nacionalizador denominado Estado Novo insistiam na exibição de uma nação simultaneamente homogénea e heterogénea. Esse propósito claramente ideológico constrangeria ainda mais a formação de destinos turísticos que, por isso, se baseariam numa espécie de artificialidade semelhante à presente nos não-lugares de Marc Augé.

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Publicado

2015-03-11

Como Citar

Cadavez, C. (2015). Imaginários turísticos no Estado Novo português. PASOS Revista De Turismo Y Patrimonio Cultural, 13(5), 1067–1077. https://doi.org/10.25145/j.pasos.2015.13.073

Edição

Seção

Artigos

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Instituto Universitario de Investigación Social y Turismo. Universidad de La Laguna (España) - Instituto Universitario da Maia ISMAI (Portugal)