Turismo comunitário, territorialidades e resistências: o caso do território quilombola do Cumbe (Aracati-Ceará-Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.25145/j.pasos.2024.22.044Palavras-chave:
Turismo Comunitário, Resistências, Quilombo do Cumbe, Turismo de massa, BrasilResumo
A atividade turística tem ganhado cada vez mais destaque no contexto da sociedade globalizada. No Brasil, com ênfase na área litorânea da região Nordeste do país, há uma forte intensificação dos serviços turísticos. As comunidades tradicionais, situadas na zona costeira cearense, sofrem com os processos de especulação imobiliária, expropriação de terras, e também suas atividades são afetadas por grandes projetos de turismo de massa. Porém há outra forma de turismo que preserva o meio ambiente, a identidade territorial e promove justiça ambiental - o turismo comunitário. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados do projeto de extensão realizado na comunidade quilombola no Cumbe (Aracati-CE), sobre a atividade do turismo comunitário. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa participativa, onde as pessoas da comunidade atuaram de forma interativa no desenvolvimento do projeto. Os resultados trouxeram contribuições para a organização do turismo comunitário local, através das atividades de capacitação (cursos), oficinas, reuniões e a criação de um folder sobre os caminhos do Turismo Comunitário no Cumbe (Aracati-CE).
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