Pescadores, cabaneiros e feirantes: novas percepções sobre a atividade turística na Baía de Camamu
DOI:
https://doi.org/10.25145/j.pasos.2011.09.055Palavras-chave:
Baía de Camamu, Turismo, Sustentabilidade, PercepçãoResumo
Este artigo tem como objetivo compreender o processo de ressignificação socioespacial da Baía de Camamu – Bahia – Brasil, através da inserção da atividade turística, a fim de apresentar estratégias para o planejamento sustentável do turismo. Entende-se que o turismo, como atividade econômica e como fenômeno social, aporta impactos sociais, culturais e ambientais, negativos e/ ou positivos (Bomfim,2006; Dias;2003; Yazigi, 2008). Nessa perspectiva, entender a percepção dos atores principais, sobre a produção do lugar turístico, a Baía de Camamu é buscar pistas que possam permitir ao planejamento sustentável do turismo. Para tal, utiliza-se nesse estudo uma abordagem metodológica qualitativa/interpretativa. Os resultados apontam que a ressignificação do espaço da Baía de Camamu, pelos pescadores, cabaneiros e feirantes, passa pela percepção afetiva dos mes- mos, na medida em que as transformações nas dimensões ambientais, sociais e culturais envolvem uma relação de alteridade entre esses sujeitos e os visitantes. Nesse sentido, um planejamento parti- cipativo pode direcionar ações para uma sustentabilidade da atividade turística.
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