Os destinos turísticos do Estado do Paraná, Brasil: espacialização baseada na concentração e especialização turística

Francisco José Gouveia de Castro; José Elmar Feger

doi:10.25145/j.pasos.2021.19.037

Autores

Francisco José Gouveia de Castro Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
José Elmar Feger Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.25145/j.pasos.2021.19.037

Palavras-chave:

Destinos Turísticos, espacialização, especialização, Competitividade, Paraná, Brasil

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi identificar o conjunto de municípios que se configuram como espaços turísticos no Estado do Paraná, Brasil, levando em consideração a concentração e especialização das atividades turísticas. A fim de alcança-lo, foram aplicadas ferramentas matemáticas para definir o grau de concentração, mensurado pelo Índice de Herfindahl-Hischman (IHH) e o nível de especialização, calculado pelo Quociente Locacional (QL), do turismo nos municípios. A origem dos dados analisados foi proveniente do TripAdvisor e do Ministério da Economia (ME). A importância deste estudo se reveste na necessidade de instrumentos que subsidiem os tomadores de decisões do setor público e privado ao elaborarem o planejamento estratégico de municípios ou regiões. Os resultados obtidos apontam para a conformação de espaços turísticas no entorno de grandes centros demográficos, destacando-se os municípios de Foz do Iguaçu, Curitiba e Paranaguá pelo critério de especialização e concentração do turismo no Estado. Além disso, foi possível identificar destinos turísticos isolados, que possuem atrativos muito específicos e únicos, como Iretama, Verê, Mallet e Tijucas do Sul, além da potencialidade de crescimento de outros espaços turísticos como Ponta Grossa, Prudentópolis, Cascavel e Guarapuava.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco José Gouveia de Castro, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

Mestrando do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Turismo oferecido pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, Bacharel em economia e Pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Governo do Estado do Paraná).

José Elmar Feger, Universidade Federal do Paraná

Doutor em Desenvolvimento Regional, bacharel em administração, líder do Grupo de Pesquisa CORE – Centro de Observação e Estudos Regionais, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Turismo pela Universidade Federal do Paraná

Referências

Alonso-Ferreiras, V.H. (2010). Factores críticos de éxito y evaluación de la competitividad de destinos turísticos. Estudios y Perspectivas em Turismo, 19 (2): 201-220.

Arenas, E.O. (2013). Inteligencia estratégica y seguridade económica. In: INSTITUTO ESPAÑOL DE ESTUDIOS ESTRATÉGICOS. La inteligencia económica en un mundo globalizado. [Madrid]: Ministerio de Defesa: 9-34.

Barrado-Timón, D.A. (2004). El concepto de destino turístico. Una aproximación geográfico-territorial. Estúdios Turísticos, 160: 45-68.

Castro, I.L., Gomes, P.C.C. & Corrêa, R.L. (2008). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Castro, F.J.G. & Gândara, J.M.G. (2018). A regionalização do turismo no Estado do Paraná desde uma perspectiva de marketing. Anais do XV Seminário da Associação Nacional dos Cursos de Pós-Graduação em Turismo ANPTUR, São Paulo, SP, Brasil.

Crepeau, S. & Duhamel, M. (2008). Competition intensity in Canada: a critique of recent OECD findings. Industry Canada: Working Paper Series2008-09, Ottawa.

Departamento de Estudos Econômicos (2014). Indicadores de concorrência. Documento de trabalho nº 001/14, Brasília. Recuperado de: http://www.cade.gov.br/noticias/dee-publica-estudo-sobre-indicadores-de-concorrencia Acesso em 21/2/2019.

Domareski-Ruiz, Akel, G.M. & Gândara, J.M.G. (2015). Estudo de competitividade turística: comparativo do modelo de Dwyer e Kim e do estudo de competitividade dos 65 destinos indutores do Brasil. Turismo & Sociedade. Curitiba, 8 (1): 15-37.

Dwyer, L. & Kimk, C. (2003). Destination competitiveness: determinants and indicators. Current issues in tourism, 6 (5): 369-414.

U.S. Departament of Justice. (2010). Horizontal merger guidelines. Whashington. Disponível em: https://www.justice.gov/atr/horizontal-merger-guidelines-08192010. Acesso em 21/2/2019.

Etges, V.E. & Feger, J.E. (2013). Espacialidade Diferencial, Região e Regionalização: A contribuição de Yves Lacoste. In: Rogério Leandro Lima da Silveira. (Org.). Observando o Desenvolvimento Regional Brasileiro: processos, políticas e planejamento. 1ed.Santa Crus do Sul/RS: EDUNISC, 1:32-45.

Feger, J.E.& Etges, V.E. (2014). Regionalização para o planejamento do desenvolvimento turístico: uma discussão sobre critérios para a determinação de áreas com vistas a aplicar a política pública para o setor. In: PIMENTEL, Thiago Duarte; EMMENDOERFER, Magnus Luiz; TOMAZZONI, Edegar Luis. (Org.). Gestão Pública do Turismo no Brasil: teorias, metodologias e aplicações. 1a.ed.Caxias do Sul/RS: EDUCS, 2014, v. , p. 231-255.

Feijó, C. A. (Org.). (2017). Contabilidade Social: referência atualizada das contas nacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier.

Gray, D.E. (2012). Pesquisa no mundo real. Porto Alegre: Penso.

Ivars Baidal, J.A., Solona Monzonis, F.J. & Giner Sanchez, D. (2015). Gestión turística y tecnológicas de la información y la comunicación (TIC): El nuevo enfoque de los destinos inteligentes. Documents d’Analisi Geogràfica. 62 (2): 327-346.

Janissek-Muniz, R., Freitas, H. & Lesca, H.A. (2008). A inteligência estratégica antecipativa e coletiva como apoio ao desenvolvimento da capacidade de adaptação das organizações. Revista Gestão.

Lacoste, Y. (1988). Geografia – isso serve em primeiro lugar, para fazer a guerra: Campinas: Papirus.

Martre, Henri. (1994). Intelligence économique et stratégie des enterprises. Paris: La documentation Française. Disponível em: https://www.entreprises.gouv.fr/files/files/directions_services/information-strategique-sisse/rapport-martre.pdf. Acesso em 21/2/2019.

Miskalo-Cruz, M. & Gândara, J.M. (2016). Indicadores para monitoramento e gestão dos destinos turísticos inteligentes. Cultur, 2. Disponível em: http//priodicos.uesc.br. Acesso em março de 2019.

Monastério, L. (2011). Indicadores de análise regional espacial. In: CRUZ, B. O. (Org.). Economia regional e urbana: teorias e métodos com ênfase no Brasil. Brasília: IPEA.

Oliveira, R.A. & Baracho, R.M.A. (2016). Extração de dados do site TripAdvisor como suporte na elaboração de indicadores de turismo de Minas Gerais: uma iniciativa em Big Data. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia. João Pessoa. 11(2): 26-37.

Pascarella, R. & Fontes Filho, J. R. (2010). Competitividad de los destinos turísticos: modelo de evaluación basado em las capacidades dinâmicas y sus implicâncias em las políticas públicas. Estudios y Perspectivas en Turismo, 19: 1-17.

Pearce, D. (2003). Geografia do Turismo: fluxos e regiões no mercado de viagens. São Paulo: Aleph.

Petrocchi, M. (2004). Marketing para destinos turísticos. São Paulo: Futura.

Quinter, J.A.J., Varela, S.A. & Rodrigues, H. (2008). A importância da inteligência competitiva na direção de empresas turísticas a partir de dois casos concretos: Região de Missões (Brasil) e Costa del Sol (Espanha). Tourism & Management Studies, 4. Disponível em: http://www.tmstudies.net/index.php/ectms/article/view/62. Acesso em 21/2/2019.

Ribeiro, A.C.M.L. (2016). Sistema brasileiro de inteligência econômica: reflexões para o estabelecimento de uma rede inicial de atores. Dissertação (Mestrado em Economia). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade Nacional de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Sarowski, P.A.M. (2013). Aspectos metodológicos do sistema integrado de informações sobre o mercado de trabalho no setor turismo. Brasília: Ipea.

Sánchez Martín, J.M., Rengifo Gallego, J.I. & Sanchez Rivero, M. (2017). Caracterización espacial del turismo en Extremadura mediante análisis de agrupamiento. GeoFocus, 19: 207-235.

Sánchez-Rivero, M. (2008). Análisis espacial de datos y turismo: nuevas técnicas para el análisis turístico. Uma aplicacción al caso extremeño. Revista de Estudios Empresariales. Segunda época, 2: 48-66.

Sancho Pérez, A. & Mesanat, G. (2004). El posicionamiento de un destino turístico en un mercado globalizado y competitivo: comparación de prácticas entre competidores líderes. Disponível em http: //iei.uves. Acesso em 11 fev 2019.

Sandoval, M. (2006). La inteligencia económica: La función y el papel del gobierno. Puzze: Revista Hispana de la Inteligencia Competitiva, 5 (22): 16-23.

Sauner, E., & Balestrin, A. (2006). Inteligência competitiva: contribuições para empresas de tecnologia da informação. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos. 2(3): 15-23.

Souza, D.N. (2018). Inteligência econômica de estado: necessidade estratégica para o Brasil. Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: Abin, 13: 1-20.

United Nations and World Tourism Organization - UNWTO. (2010). Recomendaciones internacionales para estadísticas de turismo 2008. Serie M, nº 83/Ver. Madrid, 2010. Disponível em: https://unstats.un.org/unsd/publication/seriesm/seriesm_83rev1s.pdf Acesso em 21/2/2019.

Valls, J.F. (2006). Gestão integral de destinos turísticos sustentáveis. Rio de Janeiro: Editora FGV.