Avaliação do património arqueológico de salvamento na maior barragem da Europa - Alqueva: produtos ex-situ como elementos do turismo criativo

Autores

  • Idalina Dias-Sardinha SOCIUS-ISEG-UL
  • David Ross SOCIUS-ISEG-UL
  • Sandra Maria Correia Loureiro ISCTE-IUL

DOI:

https://doi.org/10.25145/j.pasos.2014.12.046

Palavras-chave:

barragem de Alqueva, arqueologia de resgate, turismo criativo, economia da experiência, turismo arqueológico, património imaterial.

Resumo

O estudo visa determinar como os conhecimentos obtidos a partir do estudo do património pré-histórico encontrado durante a construção da barragem e do sistema de rega do Alqueva (Portugal) podem potenciar a actual experiência turística do destino. Uma nova abordagem é necessária dada a inacessibilidade dos vestígios arqueológicos, pelo que o turismo criativo e a economia da experiência enquadram a base teórica deste trabalho. Foram realizadas entrevistas semi-direccionadas a 35 agentes de turismo, a fim de avaliar a sua visão da experiência turística regional, o seu interesse em produtos ex-situ e virtuais com base nos conhecimentos arqueológicos e a forma como estes podem contribuir para o destino de Alqueva. Os resultados mostram que os intervenientes continuam firmemente ligados à abordagem convencional da arqueologia mas que, apesar de desconhecerem os resultados arqueológicos, acreditam que poderiam beneficiar da introdução de produtos criativos como forma de complementar a oferta actual.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Idalina Dias-Sardinha, SOCIUS-ISEG-UL

SOCIUS Research Centre in Economic and Organizational Sociology, ISEG, University of Lisbon, Portugal

David Ross, SOCIUS-ISEG-UL

SOCIUS Research Centre in Economic and Organizational Sociology, ISEG, University of Lisbon, Portugal

Referências

Albarello, L, Digneffe, F., Hiernaux, J.P., Maroy, C., Ruquoy, D. and Saint-Georges, P. 1997 Práticas e métodos de investigação em ciências

sociais. Lisboa: Gradiva.

Brandia Central 2009 Estudo de avaliação da atratividade dos des­tinos turísticos de Portugal – Alqueva. Retrieved October 24, 2013, from http://www.turismode­portugal.pt/Portugu%C3%AAs/ProTurismo/ destinos/destinostur%C3%ADsticos/

Bugalhão, J. 2011 “A arqueologia portuguesa nas últimas dé­cadas”. Arqueologia e História, 60-61: 19-43.

Coccossis, H. 2009 “Sustainable development and tourism: opportunities and threats to cultural heritage from tourism”. In Girard, L. F. and Nijkamp, P. (Eds), Cultural tourism and sustainable local development (pp. 47-56). Surrey: Ashgate. EDIA, S.A. n.d.a Histórico. Retrieved May 28, 2013, from http:// www.edia.pt/edia/index.php/o-empreendimento/ historico. n.d.b Mapa de localização. Retrieved May 28, 2013, from http://www.edia.pt/edia/index.php/o­-empreendimento/mapa-de-localizacao.

Fabião, C. 2002 “Intervenções arqueológicas no regolfo da barragem de Alqueva”. Al-Madan, 11 (2): 88-90.

Ferreiro, M. F., Gonçalves, M. E. and Costa, A. 2013 “Conflicting values and public decision: the Foz Côa case”. Ecological Economics, 86: 129-135.

Gentile, C., Spiller, N. and Noci, G. 2007 “How to sustain the customer experience: an overview of experience components that co-create value with the customer”. European Management Journal, 25 (5): 395-410.

Grimble, R. and Wellard, K. 1997 “Stakeholder methodologies in natural resour­ce management: a review of principles, contexts, experiences and opportunities”. Agricultural Systems, 55 (2): 173-193.

Hayes, D. and MacLeod, N. 2007 “Packaging places: designing heritage trails using an experience economy perspective to maximize visitor engagement”. Journal of Vacation Marketing, 13 (1): 45-58.

Holtorf, C. 2007 “Learning from Las Vegas: archaeology in the experience economy”. The SAA Archaeological Record, 7 (3): 6-10.

Lastra-Anadón, C., Dias, J. N., Toribio, M. D., Minguela, R. and Aguilera, R. F. 2011 The Andalucía tourism cluster. Retrieved January 8, 2013, from http://www.isc.hbs.edu/ pdf/Student_Projects/Spain_%28Andalucia%29_ Tourism_2011.pdf

Marujo, M. 2005 “Alqueva e a nova paisagem turística”. Revista Turismo and Desenvolvimento, II (2): 145-148.

Morgan, M., Elbe, J. and Curiel, J. E. 2009 “Has the experience economy arrived? The views of destination managers in three visitor­-dependent areas”. International Journal of Tourism Research, 11: 201-216.

Oh, H., Fiore, A. M. and Jeoung, M. 2007 “Measuring experience economy concepts: tourism applications”. Journal of Travel Rese­arch, 46: 119-132.

Oliveira, J. 2002 “Megalitismo e ‘arqueo-etnografia’”. Al-Madan, 11 (2): 165-171.

Pereiro, X. 2009 Turismo cultural: uma visão antropológica. Retrieved December 15, 2013, from http:// www.pasosonline.org/Publicados/pasosoedita/ PSEdita2.pdf.

Pine, B. J. and Gilmore J. H. 1998 “Welcome to the experience economy”. Har­vard Business Review, 76 (4): 97-105.

Richards, G. 2011a “Creativity and tourism: the state of the art”. Annals of Tourism Research, 38 (4): 1225–1253.

b “Cultural tourism trends in Europe: a con­text for the development of cultural routes”. In Khovanova-Rubicondo, K. (Ed.), Impact of European cultural routes on SMEs’ innovation and competitiveness (p. 21-39). Strasbourg: Council of Europe Publishing.

Richards, G. and Wilson, J. 2006 “Developing creativity in tourist experiences: a solution to the serial reproduction of culture?”. Tourism Management, 27: 1209-1223.

Saldaña, J. 2009 The coding manual for qualitative researchers. London: Sage.

Schmitt, B. 1999 “Experiential marketing”. Journal of Marke­ting Management, 15 (1-3): 53-67.

Silva, A. C. 2002 “Avaliação dos impactes arqueológicos em Alqueva: a formação do Quadro Geral de Refe­rência”. Al-Madan, 11 (2): 56-62.

Silva, A. M. 2005 “O acompanhamento arqueológico de obras: uma intervenção muito própria”. Revista Por­tuguesa de Arqueologia, 8 (1): 459-469.

Stamboulis, Y. and Skayannis, P. 2003 “Innovation strategies and technology for experience-based tourism”. Tourism Manage­ment, 24: 35-43.

Tan, S., Kung, S. and Luh, D. 2013 “A model of creative experience in creative tourism”. Annals of Tourism Research, 41: 153-174.

Turismo de Portugal 2006 Touring cultural e paisagístico. Lisboa: Tu­rismo de Portugal I.P.

Plano estratégico nacional do turismo. Lisboa: Turismo de Portugal I.P. UNESCO

Towards sustainable strategies for creative tou­rism: discussion report of the planning meeting for 2008 international conference on creative tourism Santa Fe, New Mexico, USAOctober 25–27, 2006. Retrieved January 8, 2013, from http://unesdoc. unesco.org/images/0015/001598/159811e.pdf

Waitt, G. 2000 “Consuming heritage: perceived historical authenticity”. Annals of Tourism Research, 27 (4): 835-862.

Recibido: 04/11/2013 Reenviado: 16/12/2013 Aceptado: 28/01/2014 Sometido a evaluación por pares anónimos

Publicado

2014-03-18

Como Citar

Dias-Sardinha, I., Ross, D., & Loureiro, S. M. C. (2014). Avaliação do património arqueológico de salvamento na maior barragem da Europa - Alqueva: produtos ex-situ como elementos do turismo criativo. PASOS Revista De Turismo Y Patrimonio Cultural, 12(3), 623–634. https://doi.org/10.25145/j.pasos.2014.12.046