Teoria do turismo: percepções e utilidade para acadêmicos e profissionais brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.25145/j.pasos.2025.23.010Palavras-chave:
Gestão do turismo, Perspectivas epistemológicas, Relação entre teoria e prática, Teoria do Turismo, Turismo aplicadoResumo
Este estudo teve como objetivo explorar a percepção e utilidade da teoria do turismo no Brasil. Adotando uma abordagem quantitativa baseada no modelo de Stergiou e Airey (2018), uma pesquisa anteriormente conduzida no Reino Unido foi adaptada. Para tanto, questionários foram distribuídos entre membros de associações da área, obtendo 135 respostas. Os resultados destacam a relevância da teoria do turismo, na prática, ressaltando a necessidade de integração entre as duas facetas para lidar com desafios na gestão dos destinos. No cenário brasileiro, a importância dessa relação mostrou-se mais sólida em comparação com o contexto do Reino Unido. Esse achado enfatiza que os cursos da área devem considerar a práxis sobre os direcionamentos sociais das pesquisas. Além disso, destaca-se a importância de abordar questões práticas para fortalecer a autoridade epistêmica dos pesquisadores, sublinhando que a teoria deve se adaptar a prática e não a prática a teoria.
Downloads
##plugins.generic.pfl.publicationFactsTitle##
##plugins.generic.pfl.reviewerProfiles## Indisp.
##plugins.generic.pfl.authorStatements##
##plugins.generic.pfl.indexedIn##
-
##plugins.generic.pfl.indexedList##
- ##plugins.generic.pfl.academicSociety##
- PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural
- ##plugins.generic.pfl.publisher##
- Instituto Universitario de Investigación Social y Turismo. Universidad de La Laguna (España) - Instituto Universitario da Maia ISMAI (Portugal)
Referências
Abbagnano, N. (2007). Dicionário de filosofia. Martins Fontes.
Abend, G. (2008). The meaning of ‘theory’. Sociological theory, 26(2), 173-199. https://doi.org/10.1111/j.1467-9558.2008.00324.x
Andrade-Matos, M. B., Richards, G., & de Azevedo Barbosa, M. D. L. (2022). Rethinking authenticity through complexity paradigm. Annals of Tourism Research, 92, 103348. https://doi.org/10.1016/j.annals.2021.103348
Aramberri, J. (2001). The host should get lost: Paradigms in the tourism theory. Annals of Tourism research, 28(3), 738-761.
Ary, D., Jacobs, L.C., Sorensen, C., Razavieh, A. (2010). Introduction to Research in Education (8th edi.). Canada. Nelson Education.
Arrillaga, J. I. (1976). Introdução ao estudo do turismo. Rio de Janeiro: Editora RIO.
Bachelard, G. (1947). La terre et les rêveries de la volonté. Paris: J. Corti.
Barretto, M. (1995). Manual de iniciação ao turismo. São Paulo: Papirus.
Benckendorff, P., & Zehrer, A. (2013). A network analysis of tourism research. Annals of Tourism Research, 43, 121-149. https://doi.org/10.1016/j.annals.2013.04.005
Beni, M. C., & Moesch, M. (2016). Do discurso da Ciência do Turismo para a Ciência do Turismo. Revista Turismo & Desenvolvimento, (25), 9-30. https://doi.org/10.34624/rtd.v0i25.10857
Boullón, R. C. (2002). Planejamento do espaço turístico. Bauru, SP: Edusc, 2002.
Brislin, R. W. (1970). Back-translation for cross-cultural research. Journal of cross-cultural psychology, 1(3), 185-216. https://doi.org/10.1177%2F135910457000100301
Brosnan, K., Kemperman, A., & Dolnicar, S. (2021). Maximizing participation from online survey panel members. International Journal of Market Research, 63(4), 416-435. https://doi.org/10.1177/1470785319880704
Coelho, M. F., & Mayer, V. F. (2020). Gestão de serviços pós-covid: o que se pode aprender com o setor de turismo e viagens? Gestão e Sociedade, 14(39), 3698-3706. https://doi.org/10.21171/ges.v14i39.3306
Cuervo, A. (1967). Estudios y Desarollo de las Zonas Turísticas. Cuadernos Técnicos de Turismo. Instituto Mexicano de Ivestigaciones Turisticas. México.
Chinn, P. L., & Jacobs, M. K. (1978). A model for theory development in nursing. ANS Adv Nurs Sci, 1(1), 1-11. doi: 10.1097/00012272-197810000-00003. PMID: 110215.
Echtner, C. M., & Jamal, T. B. (1997). The disciplinary dilemma of tourism studies. Annals of tourism research, 24(4), 868-883. https://doi.org/10.1016/S0160-7383(97)00060-1
Esteban, J., Cetin, G., & Antonovica, A. (2015). Theory of knowledge of tourism: A sociological and epistemological reflection. Journal of Tourismology, 1(1), 2-15.
Fratucci, A. C. (2008). A dimensão espacial nas políticas públicas brasileiras de turismo: as possibilidades das redes regionais de turismo. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 308 p.
Fuentes Moreno, A. (2016). Aproximación teórica del objeto de estudio del turismo. Siembra, 3(1), 105-110.
Fuster, V. (1971). Teoría y técnica del turismo. Tomo 1. Editorial Madrid.
Gavilan, D., Avello, M., & Martinez-Navarro, G. (2018). The influence of online ratings and reviews on hotel booking consideration. Tourism Management, 66, 53-61. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2017.10.018
González, M. V. (2014). Gobernanza turística: ¿Políticas públicas innovadoras o retórica banal? Caderno Virtual de Turismo, 14(1), 9-22.
Hauser, D. J., & Schwarz, N. (2016). Attentive Turkers: MTurk participants perform better on online attention checks than do subject pool participants. Behavior research methods, 48(1), 400-407. https://doi.org/10.3758/s13428-015-0578-z
Hulland, J., Baumgartner, H., & Smith, K. M. (2018). Marketing survey research best practices: evidence and recommendations from a review of JAMS articles. Journal of the Academy of Marketing Science, 46(1), 92-108. https://doi.org/10.1007/s11747-017-0532-y
Ignara, L. R. (2013). Fundamentos do turismo, São Paulo: Editora SENAC.Jafari, J. (1994). La cientifización del turismo. Estudios y perspectivas en turismo, 3(1), 7-36.
Jafari, J. (2005). El turismo como disciplina científica. Política y Sociedad 42 (1), 39-56. https://revistas.ucm.es/index.php/POSO/article/view/POSO0505130039A
Jäger, C. (2016). Epistemic authority, preemptive reasons, and understanding. Episteme, 13(2), 167-185. https://doi.org/10.1017/epi.2015.38
Jovičić, Ž. (1988). A plea for tourismological theory and methodology. Revue de Tourisme, 43(3), 2-5.
Kim, M. J., Lee, C. K., & Jung, T. (2020). Exploring consumer behavior in virtual reality tourism using an extended stimulus-organism-response model. Journal of travel research, 59(1), 69-89. https://doi.org/10.1177%2F0047287518818915
Koselleck, R. (1992). Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos. Revista Estudos Históricos, 5(10), 134-146.
Lage, B. H. G.; Milone, P. C. (1991). Economia do turismo. Campinas, SP: Papirus.
Lee, C. K., Olya, H., Ahmad, M. S., Kim, K. H., & Oh, M. J. (2021). Sustainable intelligence, destination social responsibility, and pro-environmental behaviour of visitors: Evidence from an eco-tourism site. Journal of Hospitality and Tourism Management, 47, 365-376. https://doi.org/10.1016/j.jhtm.2021.04.010
Leedy, P. D., & Ormrod, J. E. (2015). Practical research: Planning and design (11th ed.). Boston, MA: Pearson.
Leiper, N. (1979). The Framework of Tourism: Towards a Definition of Tourism, Tourist and the Tourist Industry. Annals of Tourism Research, vol. 06 (04), p. 390-407
Lenzen, M., Sun, Y.-Y., Faturay, F., Ting, Y.-P., Geschke, A., & Malik, A. (2018). The carbon footprint of global tourism. Nature Climate Change, 8(6), 522–528. https://doi.org/10.1038/s41558-018-0141-x
Lohmann, G., Lobo, H. A. S., Trigo, L. G. G., Valduga, V., Castro, R., de Freitas Coelho, M., & Raimundo, S. (2021). Tourism in Brazil: from politics, social inequality, corruption and violence towards the 2030 Brazilian tourism agenda. Tourism Review. https://doi.org/10.1108/TR-07-2020-0323
Lohmann, G., Lobo, H. A. S., Trigo, L. G. G., Valduga, V., Castro, R., Coelho, M. de F., Cyrillo, M. W., Dalonso, Y., Gimenes-Minasse, M. H., Gosling, M. de S., Lanzarini, R., Leal, S. R., Marques, O., Mayer, V. F., Moreira, J. C., Moraes, L. A. de, Panosso Netto, A., Perinotto, A. R. C., Queiroz Neto, A., Raimundo, S., Sanovicz, E., Trentin, F., & Uvinha, R. R. (2022). O Futuro do turismo no Brasil a partir da análise crítica do período 2000-2019. Revista Brasileira De Pesquisa Em Turismo, 16, 2456. https://doi.org/10.7784/rbtur.v16.2456
Lohmann, G., & Netto, P.A. (2016). Tourism Theory: Concepts, Models and Systems. CABI 745 Atlantic Avenue. Brasil.
McKercher, B., & Prideaux, B. (2020). Tourism theories, concepts and models. Goodfellow Publishers Ltd.
Mihalic, T. (2020). Conceptualising overtourism: A sustainability approach. Annals of Tourism Research, 84, 103025. https://doi.org/10.1016/j.annals.2020.103025
Molina, S. (1991). Conceptualización del Turismo. México: Limusa.
Morin, E. (1984). Ciencia con consciencia (pp. 293-368). Barcelona: Anthropos.
Noguero, F. (2010). El concepto de turismo según la OMT. In M. Castillo Nechar & A. Panosso Netto (Eds.), Epistemología del turismo. Estudios Críticos (pp. XX-XX). México: Editora Trillas.
Núñez, E. B. (2020). Las playas imaginadas: Turismo, imaginarios y discurso colonial en Guanacaste. Editorial Arlekin, 388 p.
Oliveira, L. F. M. (2018). Entre abstrações ou práticas: onde se insere a teoria do/sobre o turismo?. Ateliê do Turismo, 2(2).
Oppenheimer, D. M., Meyvis, T., & Davidenko, N. (2009). Instructional manipulation checks: Detecting satisficing to increase statistical power. Journal of experimental social psychology, 45(4), 867-872. https://doi.org/10.1016/j.jesp.2009.03.009
Paas, L. J., Dolnicar, S., & Karlsson, L. (2018). Instructional manipulation checks: A longitudinal analysis with implications for MTurk. International Journal of Research in Marketing, 35(2), 258-269. https://doi.org/10.1016/j.ijresmar.2018.01.003
Panosso Netto, A. P. (2009). What is tourism? Definitions, theoretical phases and principles. Philosophical issues in tourism, 37, 43-62.
Panosso Netto, A. (2011). O que é turismo? São Paulo: Editora Brasiliense.
Panosso Netto, A., Noguero, F. T., & Jäger, M. (2011). Por uma visão crítica nos estudos turísticos. Revista Turismo em Análise, 22(3), 539-560. https://doi.org/10.11606/issn.1984-4867.v22i3p539-560
Panosso Netto, A., & Castillo Nechar, M. (2014). Epistemologia do turismo: escolas teóricas e proposta crítica. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 8(1), 120–144. https://doi.org/10.7784/rbtur.v8i1.719
Pearce, D. G. (2012). Frameworks for tourism research. Cabi.
Pereira, O. (1990) O que é Teoria. São Paulo: Brasiliense.
Reilly, M. D. (1990). Free elicitation of descriptive adjectives for tourism image assessment. Journal of travel research, 28(4), 21-26. https://doi.org/10.1177%2F004728759002800405
Sessa, A. (1985). Turismo e Política de Desenvolvimento. Porto Alegre: Uniontur.
Smith, S. L., Xiao, H., Nunkoo, R., & Tukamushaba, E. (2013). Theory in Hospitality, Tourism, and Leisure Studies. Journal of Hospitality Marketing & Management, 22(8), 875-894. doi: 10.1080/19368623.2013.771114
Schweinsberg, S. (2022). The epistemic authority of tourism academics. Annals of Tourism Research, 93(C). https://doi.org/10.1016/j.annals.2022.103351
Scott, N., & Campos, A. C. (2022). Cognitive Science of Tourism Experiences. In Planning and Managing the Experience Economy in Tourism (pp. 1-21). IGI Global. https://doi.org/10.4018/978-1-7998-8775-1.ch001
Sheller, M. (2021). Mobility Justice and the Return of Tourism after the Pandemic. Mondes du Tourisme, (19). https://doi.org/10.4000/tourisme.3463
Souza-Neto, V. R., Marques, O., Mayer, V. F., & Lohmann, G. (2022). Lowering the harm of tourist activities: a systematic literature review on nudges. Journal of Sustainable Tourism. 1-28. https://doi.org/10.1080/09669582.2022.2036170
Souza-Neto, V. R., Lacerda, P. H. F., Matschuck, T. C., de Souza Cavalcante, J., & Trigo, L. G. G. (2023). A Percepção sobre Teoria do Turismo por parte dos acadêmicos e profissionais da área. Revista Turismo Estudos e Práticas.12(2). 1-17. https://geplat.com/rtep/index.php/tourism/article/view/1070/990
Stergiou, D. P., & Airey, D. (2018). Understandings of tourism theory. Tourism Review. 73(2) 156-168. https://doi.org/10.1108/TR-07-2017-0120
Tadioto, M. V., Campos, L. J., Vianna, S.L.G (2022). Epistemologia do turismo: um estudo sobre as correntes predominantes nas publicações em Turismo Ibero-Americnacas. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 16, 2360.Telles, D. H. Q., & Valduga, V. (2015). O “espaço turístico” a partir da multiescalaridade territorial: Complexidade e sistematização conceitual. Anais Brasileiros de Estudos Turísticos: ABET, 5(3), 8-16.
Tashakkori, A., & Teddlie, C. (Eds.). (2010). Handbook of Mixed Methods in Social and Behavioral Research. SAGE Publications.
Tribe, J. (1997). The indiscipline of tourism. Annals of tourism research, 24(3), 638-657. https://doi.org/10.1016/S0160-7383(97)00020-0
Tribe, J. (2004). Knowing about tourism. Qualitative research in tourism: Ontologies, epistemologies and methodologies, 46-62.
Urry, J. (1992). The Tourist Gaze Revisited. American Behavioral Scientist, pp.172 -186
Sharpley, R. (2005) Travels to the Edge of Darkness: Towards a Typology of Dark Tourism, in C. Ryan, et al (eds), Taking Tourism to the Limits: Issues, Concepts and Managerial Perspectives, Oxford: Elsevier, 217-228.
Velasco González, M. (2014). Gobernanza turística:¿ Políticas públicas innovadoras o retórica banal?. Caderno Virtual de Turismo, 14(1), 9-22.
Villacé-Molinero, T., Fernández-Muñoz, J. J., Orea-Giner, A., & Fuentes-Moraleda, L. (2021). Understanding the new post-COVID-19 risk scenario: Outlooks and challenges for a new era of tourism. Tourism Management, 86, 104324. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2021.104324
Weaver, D. B. (2023). Tourisation Theory and the Pandiscipline of Tourism. Journal of Travel Research, 62(1), 259-265. https://doi.org/10.1177/00472875221095217
WTTC, World Travel & Tourism Council (2021) Annual Research, 2020. Recuperado de: https://www.wttc.org/. Acesso em 28 mar. 2022
Yázigi, E. (2012). O patrimônio ambiental urbano: uma conceituação ampliada e aperfeiçoada. Revista Hospitalidade, 9(1). Recuperado de https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/view/471
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Valério Rodrigues de Souza-Neto, Paulo Henrique Ferreira Lacerda, Josefa Laize Soares Oliveira, Flavio Andrew do Nascimento Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Confirmo que o trabalho é original (de minha/nossa autoria), e que não será submetido a outras revistas ou publicações até a resolução final do processo de revisão em PASOS, RTPC.
Autorizo a publicação do meu trabalho por PASOS, PSTN de acesso livre e aberto em qualquer dos formatos que considere oportuno, por tempo indeterminado e como colaboração não remunerada.
Da mesma forma, o(s) autor(es) entende(m) que o trabalho publicado pode ser vinculado ou depositado em qualquer servidor ou incluído em outras publicações (republicação), desde que o novo local e/ou a nova edição façam referência à publicação original e reconheçam a autoria e propriedade de direitos autorais das publicações PASOS RTPC.
Os autores entendem que uma verificação de plágio autoplágio será realizada, e o artigo poderá ser removido a qualquer momento do fluxo editorial.