A noção de patrimônio no Brasil Império

Autores/as

  • Hernan Venegas Marcelo Universidade Federal do Rio Grande (FURG)/RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.25145/j.pasos.2013.11.008

Palabras clave:

monumentos, alegoria, Brasil, história

Resumen

A história do patrimônio cultural no Brasil tem suas origens antes mesmo da criação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1936, data consagrada por muitos estudos existentes. O presente artigo visa historicizar o surgimento da noção do patrimônio desde o século XIX, da sua alegoria, até o fim do Império dos Bragança e para isso parte-se do pressuposto que ele é um conceito socialmente construído. Até esses anos não existiu um órgão que cuidasse pela proteção de edifícios religiosos, civis e militares que personificaram a história da dominação portuguesa, mas sim uma reflexão no seio da cidade letrada brasileira entorno à herança civilizatória luso-cristã mais visível, os monumentos históricos, sua alegoria na época, presente no resgate de memórias históricas, assim como em outros livros que contribuíram para a definição de uma identidade do Império, associada quase sempre à da cidade do Rio de Janeiro. Tal produção escrita não ficou alheia ao processo de consolidação das instituições imperiais, o que foi ainda reforçado pelos moldes do projeto escriturário da história do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ecoando assim algumas das suas principais discussões. Isso nos faz afirmar que é possível pensar numa história do patrimônio nos oitocentos, antes mesmo da criação do SPHAN, e que o itinerário histórico das suas representações definiu o binômio histórico-artístico a ser preservado décadas depois e durante a maior parte do século XX.

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Publicado

2013-01-31

Cómo citar

Venegas Marcelo, H. (2013). A noção de patrimônio no Brasil Império. PASOS Revista De Turismo Y Patrimonio Cultural, 11(1), 135–146. https://doi.org/10.25145/j.pasos.2013.11.008

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